não muitos são os fins mas um só.
Baça lâmpada é de hoje a manhã
congelando igrejas e calçadas e a pobre gente.
Refaremos sem moedas nem algibeiras
uma volta mais pelo comércio das ruas
das praças dos jardins caídos como do céu
dos jardineiros esses mudos costureiros da cor.
Ao espelho do barbeiro longamente recolheremos
do mesmo rosto matinal a nocturnidade
mesma que pelas ruas a cada olhar
se acolhe em escura transparência.
Já do tálamo desertámos cedo
para que isto fora possível.
Já pelas ruas recomeçamos fluentes
cosméticos mais que cosmológicos os corpos
nossos
em princípio.
Viseu, manhã de 22 de Março de 2008
3 comentários:
"baça lâmpada é hoje a manhã", um verso de grande beleza que retenho deste poema infinito. beijinho, daniel.
Bom recomeço para ti. E um beijo
beijitos, meninas.
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