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Pode
bem ser que esta vida-hermínia me não leve a grandes proezas caligráficas – mas
mal nenhum: outras de outros as lograram. Sim, meu bom Delfim:
uma-abelha-na-chuva, o-que-diz-molero, a-montanha-mágica, viagem-ao-fim-da-noite, ninguém-escreve-ao-coronel, as-babas-do-diabo, memórias-de-adriano, os-pássaros-de-banguecoque,
a-praça-do-diamante, o-homem-de-londres, amor-de-perdição,
a-cidade-e-as-serras, amanhã-na-batalha-pensa-em-mim, a-queda-da-casa-de-usher,
corpo-cru-de-joão-damasceno, a-margem-da-alegria, os passos-em-volta,
o-livro-de-cesário-verde, aquela-ceifeira-canta, as-cidades-invisíveis, cristóvão-nonato,
o-aleph, manhattan-transfer, o-inverno-do-nosso-descontentamento, mrs-dalloway,
barbara-de-prévert, traços-do-extremo-oriente, clepsydra,
aquela-cativa-que-me-tem-cativo
etc.,
ó Delfim boníssimo.
(55)
(Teoria:
“Antes Alzheimer do que Parkinson.”
Prática:
“Antes esqueceres-te de pagar do que entornares o copo todo.”)
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