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Delfim:
Tempo
em marcha inapelável.
A
sogra do noivo (cerimónia a 28 de Maio próximo) pediu-me que lhe compusesse o
discurso a orar ante noivos, marido, demais compadres & demais convidados. Anuí,
naturalmente: há muitos anos sou amigo daquelas pessoas.
Faço
hoje, talvez, um teste de optometria – para orçamentar óculos novos. Pedi dinheiro
emprestado a três Amigos (ainda me não responderam).
Fui
ontem, por videoconferência, sendo meio-dia, a uma entrevista pró-emprego.
Espero ser contratado, embora seja trabalho por apenas quatro meses & pelo
salário-mínimo. Este trabalho: vigilante (“guarda-rondista”) de uma casa de
pessoas sem-abrigo.
Cerceei
o uso alcoólico. O tabágico, também. Tomo
os medicamentos que há onze meses me foram prescritos. Escrevo muito menos. Converso
com mui pouca gente. Melhorarão as coisas, digo, o existir? Em absoluto o não sei.
Espero
que me paguem uns escassos trocos a troco de certa função que exerci nos escassos
primeiros dias de Abril pretérito. Fui ao multibanco – nada.
Tenho
lido literatura detectivesca: Paragem em Berlim, de Alan Winnington; O
Caso do Colar Desaparecido, de S.S. Van Dine; e, antes destes, Venenos
Vitorianos, de Julian Symons. Entretenho ligeirezas, pois. Para metafísica,
basta-me bem a minha tesúria moedeira. (E também Morte na Primavera,
de Magdalen Nabb, já agora.)
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