Fragmento de conclusão da entrada 158. PLATAFORMA E FAIANÇAS
Coimbra e Pombal, terça-feira, 1 de Fevereiro de 2011
Na próxima paragem, Alfarelos. Acho que este da noite, regional também embora, é mais rápido do que o da hora de almoço. Tempo ainda para circular um pouco na solidão e no frio. Dormir em casa da Mãe? Talvez. Ninguém, lá. Foi já casa multitudinária. Já não é. Por nós, sê-lo-á nunca mais. Outras encruzilhadas acamam já seu pó futuro. Isto passa – como tudo passa. Alfarelos/Granja do Ulmeiro: nó do mundo. Alguma demora: é estranho, isto de esperar no escuro. Outras vidas pulsam nas cercanias: ceias, gente que mama o lixo das telenovelas brasucas e alfacinhas, criadores de galinhas, velhas sorumbáticas mais e mais entregues a um catolicismo-PS-clubista, motorrapaziadas espatifando-se alegremente contra pilares de viadutos, cães escravizados em bidões, periquitos verdes e/ou amarelos a preto-e-branco na Noite. (Muito tempo à espera em Alfarelos, ’da-se.)
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