Casa, Souto, entardenoitecer de domingo, 7 de Dezembro de 2008
Aquele senhor ali é tão importante como o que faz.
Não aceita nem recusa nem pensa na importância
seja do que for.
Isto dos domingos tem de que se lhe diga porque
um domingo a sério é sempre o dia de um senhor
como aquele ali.
Basta pensar na hipótese decerto absurda de alguém.
Alguém em casa ao domingo.
Alguém em casa ao domingo como aquele senhor ali.
Visto de fora, o prédio dos alguéns tem janelas do mesmo
tamanho, recortadas todas por dormências luminotécnicas
de televisor e de computador.
Na sala, marido/ou/mulher vê o televisor.
No quarto que foi do filho/ou/filha, ele/ou/ela interneta,
vá lá, poemas.
Eu vim à rua despejar o lixo como aquele senhor ali veio.
Eu trouxe este poema, já está despejado.
Mas ele pensa no que vai fazer em casa na volta, tv ou net.
Sem comentários:
Enviar um comentário