– No fundo, no fundo, sou uma mulher como as outras
– disse-me ela.
E eu confirmei que sim, enquanto lhe fazia o serviço.
Uma coisa muito boa das culturas multimilenares, como a China
(“o comando é Mao”), é a gente entrar nos armazéns dos chineses e encontrar a oitenta cêntimos embalagens de dez lápis muito bons para sublinhar as culturas e os milénios e assim.
Toda a gente gastou já manhãs inteiras a solfejar o primeiro farrapo de música ouvido ao acordar. Aconteceu-me hoje, dia da Imaculada Concepção da Virgem Maria, com o Agosto em Portugal, do senhor Roberto Leal. Mas também bloguei logo a coisa para não ser infeliz sozinho.
Hoje é feriado católico cá na república laica.
E somos todos muito praticantes quando é feriado, pois não somos?
As putinhas casadas gostam muito mas mesmo muito por fora dos livros que vêm nas revistas por mais só 9,99 euros por terem lombadas (os livros) a cores que ficam a matar na única estante do living , logo atrás do retrato do corno com os filhotes.
O Natal é bestial para se perceber a casa pia que Portugal é: um menino nu entre um burro e uma vaca à espera que o crucifiquem não tarda nada.
Um efeito evidentíssimo do carácter nefasto da globalização? Allons-y a ele: a insuportabilidade do James Blunt ser igualzinha às do João Pedro Pais, do André Sardet, do Represas e do Abrunhosa.
Na estação de serviço, uma moçoila de minissaia e blusa mostra-refegos servia-se de gasóile. Azar: gorda como uma gamela de unto, só lhe faltava um autocolante da PROBAR na nádega esquerda.
O desespero a conta-gotas cura-se a litro.
(Depois destas prendinhas-pedrinhas, não hesiteis em, infra, voltar para Portugal em Agosto com os nossos emigrantes. Allons-y!)
Sem comentários:
Enviar um comentário