© DA.
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Sábado,
20 de Março de 2021
Swansea-Cardiff, bola no televisor. Nada de rua para mim, hoje não. Os números pandémicos parecem melhorar. De ontem para hoje, oito portugueses mortos pela praga-asiática.
Imagens do pretérito ano 1945 d.C. dominam por momentos a pantalha de vidro. Seres tenebrosos mostram-se às câmaras-de-filmar. Potsdam, Hiroshima. Paralelo 30 coreano. Paris convalescente do longo inverno nazi. Nguyen Sinh Cung, vulgo Ho Chi Minh (O Que Esclarece). Acção, reacção. Raparigas da orizicultura. Sucessivas pragas bélicas. São imagens poderosas. Retratam implacavelmente a besta humana.
Também os rostos de Vincent Van Gogh & Manuel António Pina. São ambos pessoas com que posso sempre contar. As obras que deixaram não capitulam. são poderosas também – mas não pela destruição, pelo avesso desta sim. O pincel de Vincent & a caneta de Manuel António captaram em pleno o sedutor mistério da aumentação do mundo. Perduram.
Em um alto montanhoso, algumas vivendas esparsas. Têm varandas de onde miram a baía, cujo azul é forte mas inconstante. Não há por aqui banditismo. As existências assimilam o ritmo & a harmonia do meio. E o derby galês termina: Swansea-Cardiff 0-1 (golo de Flint).
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