04/04/2011

Ideário de Coimbra - 153 (fragmento 5)


A minha rua ainda existe (como uma cobra vazia,
porém. É a rua da minha Mãe.
Doura-a um estendal de limolaranjeiras,
escurece-a um historial de cancros, divórcios,
baixos salários e liquidação industrial.
A minha rua fica – e é – Portugal.

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Canzoada Assaltante