Lavro a fio de ouro ’ma bordadura de amigos.
Gente boa com as suas deles / delas vidas.
Plantam pessegueiros e sémen de filhos.
Chega a ser extraordinário como (se) existem.
Por mim, há muito não vou ao cinema,
mas vejo filhos, deitando-me a sós com a minha
pele. Penso nelas / nelas. Imagino que dirão agora
em, por exemplo, breves assembleias de confeitaria.
Desejo uma caravela à minha porta, oito da manhã.
Também anelo índicos não pacíficos, amor.
Estojo de rubis, capa de romã.
Teresa de um lado; doutro, Leonor.
Os amigos, as pessoas fiéis ao Inverno.
Esse vício de ser onde ser não é terno.
O café sublimado, o leite perene
– e ’ma senhora triste chamada Irene.
Do que deixo dito, tão antes quão depois,
em tu vindo a Coimbra, falaremos os dois.
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