2.
[INTERVALO PRÉVIO AO DOMINGO
– E TODO EM REDONDILHA-QUINTA]
Coimbra, domingo,
5 de Janeiro de 2020
[Faço este livro
No
novo Janeiro
Dele
me não livro
Nem em
Fevereiro
Figuras
à luz
Que da
minha sombra
V.
mostram Coimbra
Se eu
for capaz
De
três já mostrei
Figura-de-gente
Uma é
jacente
Mas
todas são grei
Certa
é toponímia
De
vias nomeadas
Mui por
mim andadas
Todas
homonímia
De meu
ter-nascido
Aqui
mesmo assim
Ide
Vós por mim
Que me
quero crido
Um
lampião faz
De lua
que brilha
Ao
tempo que a Filha
Se me
fez de luz
Ó que
brincadeira
A
colecção d’anos
Não é
água-doce
Sermos
oceanos
Toca ’vagarito
(Quem
for gente, sente)
Caco
de versito
Barro
diferente
Antes
dar por mortas
Imagens
caladas
Que,
por não-faladas,
Se
quedam incertas
Natário
& Nobre
Gente
de Coimbra
Aurélio,
que ainda
Nem
rico, nem pobre
E
outros que virão
A
decassilabar
Deixá-los
multidão
Fingir
ser & estar
Em
triste maneira
Nunca
partilhada
(Como
bebedeira
Zero
& mais nada)
Já de
livro dei
Plena
livro-idade
(Que a
liberdade
Nunca
teve rei)
A
minha lareira
Ardia
pessoas
Cuja
fala inteira
Era
brasas boas
(Mas
nem lareira em casa
De
arrendamento:
Tal a
fio-d’asa
Seja
assentamento)
Domingo
já veio
Janeiro
’inda é
(Criei
de permeio
Um tal
Jaime-Zé)
Vem
tu, Carolina
Catarina,
vem
Mãe
foi pequenina
(: E Aurélio sem).]
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