30/07/2012

IDEÁRIO DE COIMBRA - 27 (fragmento) - Coimbra, segunda-feira, 28 de Junho de 2010


© Saul Steinberg



Volume, ergonomia e ameaça – tudo apresenta este descriado já corpo de rapariga (quê?, dezanove, vinte anos). Namora aquele rapaz ali, o de cabelo preto escorrido em farpas (gel’ongitudinais, umas, oblíquas outras) e ruído cós de calças em aparato de mostr’elástic’à-cueca. Mas a moçoila é de facial saúde camoesa, de pré-lácteos mamilos, nédia e folhosa qual empada, unhas dos pés envernizadas de cor-de-vinho-do-Porto (tinto), comissura labial em fina sangria, olho esquerdo pequeno e castanho, o direito também, sinal natural na face esquerda evocando Versalhes e amásias do Luís que foi XIV, rapariga (enfim) para engordar de muitos lípidos e um par/ou/trio de crias em futuro não remoto. 

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Canzoada Assaltante