15/07/2012

Entardenoitecer em Coimbra há dois anos (fragmento da entrada 25 do IDEÁRIO DE COIMBRA, intitulada PESSO'ANTER'ANDANDO e datada de Sábado, 26 de Junho de 2010)

20h44m. Entardenoitecer. Delidas, esmaecem da jornada as tintas. Acinza-se o que azul esmaltou a convexa concha, frúem o fresco as aves derradeiras. O burgo range de uma preguiça capitosa, copos de cerveja semelham velas de oiro nos altares das esplanadas. É quando viver ainda não custa. Tilintam de sombra os plátanos, começa finalmente endurecendo a goma das acácias e o visco das raparigas. Se ao menos pudesse ser que, a hora finda, fosse logo a alba! Pré-saciada, porém, a Noite espera ’inda um pouco até coroar-se rainha do hemisfério que em partilha nos coube. E depois (agora) – é tudo Dela, a começar pela nossa vida.

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Canzoada Assaltante