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Serra dos Candeeiros, Agosto de 2009
5. ADORMECI MUITO TARDE, ACORDEI MUITO CEDO
Coimbra, terça-feira, 22 de Março de 2011
Adormeci muito tarde, acordei muito cedo hoje. A minha vida (ou o conjunto dela) tem sido exactamente ao contrário: adormeci cedo e acordei tarde. Talvez não de mais – mas tarde.
Acordando, resgatei-me de um pesadelo cujo enredo envolvia uma figura que repilo inexoravelmente. Fui beneficiado por um esquisso de texto que aproveitei para a próxima crónica nO Ribatejo (a sair sexta que vem, 25 de Março de 2011). Qualquer coisa assim:
(…) quando preciso de deuses, vou ver os arvoredos; quando preciso de deusas, vou ver as aves. Mas depois vou mas é a um bar, amando uns copos para a guelra e o fervor oratório passa-me logo. A crise não passa, mas para mim, por instantes e decilitros, passa.
Não é mau de todo: perder-me de um pesadelo para renascer bucólico e pagão. Ou alcoólico e cagão – sei lá.
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