Dr Pozzi at Home (1881)
© John Singer Sargent (January 12, 1856 – April 14, 1925)
© John Singer Sargent (January 12, 1856 – April 14, 1925)
Em casa (também), Souto, fim da manhã de 3 de Novembro de 2008
Às vezes levo-lhe um homem para que se entretenha.
Não tem muito que saber: o levar, o entreter.
Às vezes as manhãs gelam na ponta dos dedos, dá-se um formigueiro que corusca e fervilha nessas antenas humílimas, algumas vezes garras porém, porém nem sempre, não tem muito que saber.
As cinzas do domingo por toda a casa.
Roupa fresca, ainda assim – e a paciência avoenga de cada móvel assentando os cantos.
Escrevo um homem e levo-lho, ela gosta, pelo menos agradece-me sempre, faz-me chá e uma festa na cabeça, eu volto por outras ruas avessas como versos percebidos da frente para trás.
O organista da capela, o ginecologista afamado, o homem da lenha, o operador de máquinas amarelas – tiro um da cabeça, qualquer um deles ou nenhum deles, posso criar tantos homens quantos quiser.
Bastante é saber para que mulher.
Não tem muito que saber: o levar, o entreter.
Às vezes as manhãs gelam na ponta dos dedos, dá-se um formigueiro que corusca e fervilha nessas antenas humílimas, algumas vezes garras porém, porém nem sempre, não tem muito que saber.
As cinzas do domingo por toda a casa.
Roupa fresca, ainda assim – e a paciência avoenga de cada móvel assentando os cantos.
Escrevo um homem e levo-lho, ela gosta, pelo menos agradece-me sempre, faz-me chá e uma festa na cabeça, eu volto por outras ruas avessas como versos percebidos da frente para trás.
O organista da capela, o ginecologista afamado, o homem da lenha, o operador de máquinas amarelas – tiro um da cabeça, qualquer um deles ou nenhum deles, posso criar tantos homens quantos quiser.
Bastante é saber para que mulher.
1 comentário:
Muito mais bastante do que entretenimento, fica tu sabendo. Obrigado.
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