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Leiria, 4/III/2013, segunda-feira
Chove
na segunda-feira do Império.
As
pessoas acontecem como borrões de tinta.
Uma
vaga tristeza, não há quem a não sinta,
nem
quem a vida leve muito a sério.
Um
cão molhado, absorto ante o Rio,
pensa
em que cadela por que cio?
Uma
mulher-da-limpeza, de bata azul,
ora
santas-engrácias vaporosas de tule.
Um
português de boné, desses de antigamente,
escorropicha
uma ginja repenicadamente.
E
eu componho versículos para o mor olvido.
(Que ao menos conta dêem de eu ter vivido.)
(Que ao menos conta dêem de eu ter vivido.)
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