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Leiria, 1/III/2013, sexta-feira
Lá
em baixo, visto em mente de aqui, a força
da
água fazendo o rio espumar pela boca, o
rio
que vejo sem olhá-lo, como veia viva, viva
via
que ensina como morrer à(s) mão(s) do mar.
Por
enquanto encerrado em sala eléctrica, à
febre
da consumpção da manhã em casa
pública:
um hospital, onde o irmão busca
saúde,
alívio, cuidado: cuidado, ó vida!
3
Ibidem
Pessoas
traçando linhas de sombra com o corpo na luz da manhã mais recente que a
humanidade dá a conhecer. No barzinho do hospital, mulheres ingerindo
café-com-leite, fatias de pão aquecido com manteiga. Vermelhos como fósforos, três
bombeiros em repouso (dois fumando, um sentado, bebendo água, no estribo
traseiro da ambulância).
4
Ibidem
Da
celerada brevidade da vida darei justo reportório, fragmentário ele embora. Se
à frígida e viva torrente mineral da montanha, serei bem. Se à esquentada
manação do gás ardente dos sonhos, serei só. Vale-me o por-enquanto da
eternidade. Isto pretendo só deixar estabelecido. A isso portanto deixo.
5
Ibidem
Fui lá
fora fumar o cigarro – e fi-lo sob o cerúleo firmamento, cuja altura é fundura
sem medida.
2 comentários:
Fico sempre encantada quando te leio.
(Sei que o teu irmão já saiu do hospital. Desejo-lhe as melhoras rápidas!)
Pois já. Tempo de convalescer, agora. Merci muito beaucoup very thank you.
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