Disneylândia à portuguesa
Quase todos nós (não todos, mas quase todos nós), portugueses, somos como as personagens infantis dos livros aos quadradinhos da Disney: perdidos de pai & mãe, somos apenas sobrinhos. Deve ser por causa disso que quase todos nós (não todos, mas quase todos nós) andamos ó tio, ó tio.
Somos patos, enfim, como os tais Disney-sobrinhos do Donald.
Salazar, esse, o mais que foi, foi avô (cavernoso). Américo Thomaz, esse núncio primaz da idiotia calçada de sapatilhas brancas, terá sido compadre. Humberto Delgado era, claro, um dado-morto à nascença. O Scolari não é para aqui chamado por ser um erro marítimo. O José Eduardo dos Santos (dos últimos dias) de Angola & CIA… é filho. Dizer “Vara criminal” é cometer uma redundância em família. Sobram-nos os tais dois: ó tio, ó tio.
Posto isto, falemos da fatal “época de incêndios”. Tenho e mantenho esta peregrina opinião: se os tropas, os presidiários em precária, os arrumadores de carros, os borlistas do rendimento-bairro-mínimo-social e os gerais desempregados fossem, por assim dizer, agraciados (ou compelidos, dá o mesmo) com a limpeza de matas, pinhais, lixeiras e outros brejos na época Outono-Inverno-Primavera, talvez, de vez, morresse de queimaduras a aceite mas inaceitável “época de incêndios”.
Mas, naturalmente, isto deve ser filosofia de mais um pato-sobrinho, no caso eu, que, como vós, vou andando e deixo arder.
2 comentários:
Talvez seja preciso fazer um estudo para gastar mais alguns milhões de euros, para perceber que assim continuamos a trabalhar para aquecer...
....ou para apagar e sempre a pagar..
Talvez seja preciso fazer um estudo para gastar mais alguns milhões de euros, para perceber que assim continuamos a trabalhar para aquecer...
....ou para apagar e sempre a pagar..
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