© DA.
Sempre afinal
venci o domingo-pascal. Já as derradeiras aves da novel segunda-feira se aprontam
a recolhimento. Duas tarefas me aguardam amanhã cedo. Entre elas & o que
sou, toda a noite faz de raia. Li hoje o mais que pude, mormente testemunhos de
há um século ou mais e/ou pouco menos. Não sofri versos. Tenho comida no quarto
que ora uso para jazer. Os medicamentos também. Alguma roupa. Quatro livros. Não
sou o mais pobre dos homens.
Não temamos
nossa mesma desimportância
A caça-à-raposa
vem do medo-por-lobos
As guerras-em-curso
reiteram a desumanidade
Não receemos
nossa atómica irrelevância
Os erros serão
repetidos sem saciedade
Algumas vontades
também – mas em mor raridade
Também criminoso
é quem nega trabalho
Podendo porém
dá-lo, valha-lhe o santo-caralho.
Não alinhemos
em autobeatificações de pechisbeque
Eu posso
falhar a vida mas não hei-de errar a morte
Não nos
auto-santifiquemos por salamaleque
Posso acertar o erro como falhar a sorte.
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