04/07/2022

H. EM BUSCA DELFIM - 12 & 13

© DA.


Sempre afinal venci o domingo-pascal. Já as derradeiras aves da novel segunda-feira se aprontam a recolhimento. Duas tarefas me aguardam amanhã cedo. Entre elas & o que sou, toda a noite faz de raia. Li hoje o mais que pude, mormente testemunhos de há um século ou mais e/ou pouco menos. Não sofri versos. Tenho comida no quarto que ora uso para jazer. Os medicamentos também. Alguma roupa. Quatro livros. Não sou o mais pobre dos homens.

 

Não temamos nossa mesma desimportância

A caça-à-raposa vem do medo-por-lobos

As guerras-em-curso reiteram a desumanidade

Não receemos nossa atómica irrelevância

Os erros serão repetidos sem saciedade

Algumas vontades também – mas em mor raridade

Também criminoso é quem nega trabalho

Podendo porém dá-lo, valha-lhe o santo-caralho.

 

Não alinhemos em autobeatificações de pechisbeque

Eu posso falhar a vida mas não hei-de errar a morte

Não nos auto-santifiquemos por salamaleque

Posso acertar o erro como falhar a sorte.



 

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Canzoada Assaltante