© Leonel Moura (ISU)
Desço o ar por um corrimão de árvores
perto do posto da polícia que guarda viaturas
confiscadas aos meliantes roubadores.
Sou este gajo de camisola azul-celeste
entre peões de óculos escuros.
Derivo través limoeiros, sinto-me dono e
presa da Hora.
Estou vivo.
Um dia, os meus braços param.
Um dia, as minhas mãos param.
Outro dia, não, emergem do lodo verde
e riscam canções.
Aquela cativa que me.
Perto da avenida com nome de um escritor.
Na minha Cidade.
Caraças – que fazer de tanta beleza?
Como suportar tanta beleza?
Como não render-me a tamanha beleza?
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