Visão da Quinta da Machadinha, que das Lajes olha Coimbra além, em cujo primeiro andar vivi o meu primeiro ano de vida (Maio de 1964 a Junho de 1965). Memória soterrada no inconsciente.
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Souto, Casa, madrugada de 14 de Outubro de 2009
Em visão ou sonho, sonhei ou vi que em outra vida fui outro homem, a ponto de nesta ser este.
O outro homem usava gravar vozes de outras vidas, que depois de idas ficavam retidas em fitas, que o outro homem fazia falar à noite, a partir do leitor aos pés da laranjeira do quintal – e as vozes dos mortos viviam para a janela a que em outro homem eu escutava.
Um pedreiro vi que se me aproximava de casa, vinha ele a fazer o muro do quintal – e assim fez e fiz, ele. O pedreiro terminei o trabalho, deixou-lhe o muro pronto, que me sobreviveu, o ofício é o que fica do oficiante – e este homem, de mim.
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