Tu és mas é doidinho, nunca vi coisa tão reaccionária! O Cão a assinar uma merda do Graça Moura. E latim? Não queres escrever em latinzinho? Identidade multissecular? Valha-vos Deus! E ainda por cima ameaçada por causa de umas consoantes mudas que desparecem e outras minudiências que nem dão para encher uns pires de moelas? Ó Cão, baitapornumporco!
Não é nada uma questãozeca de consoantes mudas. É muito mais do que isso: é a própria estrutura da língua que fica em causa com a abolição da norma. A etimologia não é um brinquedo: está para a língua viva como o esqueleto para a carne e o hipotálamo para as emoções vertebradoras da razão. Em Portugal, à portuguesa. No Brasil, à brasileira. A unidade artificial é ruim. A diversidade natural é riqueza.
No Puarto à purtuense cum alterne e o carago, em Bijeu à bijeenxe, em montemóri-o-novo álêntejana com cuentros e por aí fora, bibá diberxidade. Ó Cão, tu atina, pá. A inteligência não é um brinquedo está para a vida como o cérebro está para o corpo. O nacionalismo é uma doença. e repito: baitapornumporco.
Daniel, é bem esgalhada essa do esqueleto e do hipotálamo e faz um bonito efeito. Mas a verdade é que os portugueses vão sobreviver com o acordo e continuar a escrever bem, como tu escreves, assim como têm sobrevivido desde o século XII, com tantas alterações ortográficas pelo meio. Não embarco em visões do armagedon da lingua, à lá Graça Moura.
é a veiazita estalinista a borbulhar. Quer dizer, tu que és um permanente subversor da língua, formal e semanticamente, agora achas que se um gajo escreve com a grafia à Viseu, ou à Porto, ou à Montemor-o-novo, fazendo a apologia da diversidade só que no sentido regionalista e não no sentido nacionalista, aqui-del-rei que isso não é português não publico! Tá mal! Felizmente, o acordo foi aprovado e os nacionalistas, de direita ou de esquerda, confessos ou arrependido, têm que o engolir. Há muita gaja a fazer isso na net. Agora bota esta merda no caixote da censura. Baitapornumporco.
Fazes questão que os comentários venham escritos em português?...tá bem... só espero que o meu português tenha sido o canónico. Bom, como teve o teu imprimatur, deve estar no português de lei.
Pedro, eu não sou o papa da língua. Gosto é demasiado do nosso idioma para o descaracterizar. A ortografia é importante, não pode nem deve ser prostituída. Mas viva a liberdade, incluindo a do erro.
Uma coisa é o Vasco Graça Moura obediente a todos os cabos de serviço no PSD e/ou PPD/PDS; outra é o criador de mérito, o crítico literário, o tradutor de Dante e Petrarca. E tambem de Shakespeare. O acordo não resolve coisa nenhuma, porque estas coisas não se fazem por decreto. Há na defesa do acordo uma visão totalitária de um problema de natureza linguística.
Ó manel, tu atina, pá. Não há totalitarismo nenhum, pá. Então se até se admite a dupla grafia?! Há mas é nacionalismo bacoco e paternalismo nos críticos que se acham donos do português.
Amigo Manel, "estas coisas" sempre se resolveram por decreto. A forma como tu escreves, é resultado de uma "medida totalitária de um problema linguistico", na tua linguagem castiça. Mas suponho que sejas demasiado novo para saberes isso.
Daniel, tás muito paternalista. Primeiro recomendas-me que escreva em português. Depois, recomendas-me juizo. De um tipo que escreve como tu escreves e que diz o que tu dizes, tais recomendações são hilariantes.
Bom, mas a minha interpelação era para o Manel e é dele que eu esperava uma resposta (se ele quiser e tu deixares, claro)
Como eu gostava de ser novo!... Infelizmente não, e já vou tendo os problemas que a idade traz. Obrigado pelo epíteto castiço. Não há nacionalismo bacoco, até pela razão comezinha de desejar que a deriva continue e que do português surjam outras línguas. E quer nós queiramos, quer não, é isso que vai acontecer. E é pena eu não estar cá e tu também não estarás, para podermos discutir a questão. Mas é assim que vai ser e não há que lamentar seja o que for. É assim um pouco como querer dispor para o futuro, assim como quem quer garantir a posteridade. O Estado pode querer actuar no domínio da instituição social chamada língua, mas é um trabalho inglório. Vá, vamos lá sem paixões.
Então, é mais velho do que eu pensava, Manel. Mas, sendo assim, deveria saber que as convenções da lingua portuguesa, aquela em que agora escreveu, são determinadas superiormente por decreto. Nada de novo. Há quem diga é que este acordo é uma imposição dos brasileiros, num argumento de um nacionalismo do mais bacoco e rançoso. Sim, uma das motivações do acordo é aprosimarmo-nos da grafia dos brasileiros, com as vantagens económicas e de comunicação que tal implicará. A prazo, quando as paixões esfriarem (parece estarmos à beira de novo Ultimatum, se bem que agora nos querem tirar a lingua e não um pedaço de terra...), dizia eu que quando estas cenas de arrepia cabelos acabarem, tudo serenará. Os nossos filhos e netos (também eu já sou mais ou menos velho) escreverão de forma ligeiramente diferente da que nós sempre escrevemos e é tudo. Acredita que não é por isso que deixarão de aparecer grandes estilistas da lingua portuguesa. Diz também para irmos lá sem paixões. Mas são "paixões" precisamente o que eu vejo nos que se insurgem contra o tratado, como se ele fosse o fim da lingua e dos escritores e da civilização portuguesa ou coisa do género, como, aliás, faz o Manel.
(Daniel, podes comentar, não me peças é para ter juizo, que já não tenho idade para isso ;)
Pedro, meu querido amigo: gostei desse curioso lapsus-linguae de aproSimar. Foi giro. Foi muito jiro. E vunito. E língua sem acento e o carassas. Vá, sei que te estás a rir.
Claro que me estou a rir, Daniel. Volta e meia, rio-me contigo com prazer. Só não me rio quando te metes em Abaixo-Assinados de Defesa da Lingua Portuguesa, Amen. Ó, eu disse que não me ria? Foi lapsus-linguae.
Vou assinar, no entanto, tenho a estranha sensação de que infelizmente não vai haver recuo. Todos os professores de Português que conheci se preocuparam Sempre que eu melhorasse a minha escrita. Agora, vem uma cambada de iluminados dizer-me que abrasileirar a língua portuguesa é que é o caminho certo...
Utilizar expressões como “nacionalismo do mais bacoco e rançoso" para defender o acordo, alinha com a posição assumida por esse grupo de portugueses excelentíssimos e altamente credenciados, que se lembraram "abrutamente" (ou será “à bruta”…) de impingir erros na escrita. (Bem sei que o acordo é de 1990 mas… já agora esperem mais uns anitos a ver se já cá não estou para ver…)
Filipe, como qualquer professor de português teu amigo te pode ensinar, escrever com "erro" é não escrever de acordo com a norma. Se a norma for alterada, é a nova norma que se aplica.
29 comentários:
Já lá fui, quase ao início. Era para ter ido à Fnac no sábado, outro algo se entrepôs e me levou em direcção oposta.
Agradeço teres isto no teu blog. É preciso motivar as pessoas.
Tu és mas é doidinho, nunca vi coisa tão reaccionária! O Cão a assinar uma merda do Graça Moura. E latim? Não queres escrever em latinzinho? Identidade multissecular? Valha-vos Deus! E ainda por cima ameaçada por causa de umas consoantes mudas que desparecem e outras minudiências que nem dão para encher uns pires de moelas? Ó Cão, baitapornumporco!
Não é nada uma questãozeca de consoantes mudas.
É muito mais do que isso: é a própria estrutura da língua que fica em causa com a abolição da norma.
A etimologia não é um brinquedo: está para a língua viva como o esqueleto para a carne e o hipotálamo para as emoções vertebradoras da razão.
Em Portugal, à portuguesa.
No Brasil, à brasileira.
A unidade artificial é ruim.
A diversidade natural é riqueza.
No Puarto à purtuense cum alterne e o carago, em Bijeu à bijeenxe, em montemóri-o-novo álêntejana com cuentros e por aí fora, bibá diberxidade. Ó Cão, tu atina, pá. A inteligência não é um brinquedo está para a vida como o cérebro está para o corpo.
O nacionalismo é uma doença.
e repito: baitapornumporco.
e não há nenhuma norma abolida, institui-se é uma outra norma que os amigos do "português é nosso porque nós é quinventámos" não gostam. Paciência.
muito me custou a pronúncia francesa à portuguesa(ainda há quem me lembre) mas me "embrassei" e não me arrependo. vivam as línguas culto.
Boa resposta, Daniel!
Ó Daniel, não publicas os comentários que não te agradam, é?
Daniel, é bem esgalhada essa do esqueleto e do hipotálamo e faz um bonito efeito. Mas a verdade é que os portugueses vão sobreviver com o acordo e continuar a escrever bem, como tu escreves, assim como têm sobrevivido desde o século XII, com tantas alterações ortográficas pelo meio. Não embarco em visões do armagedon da lingua, à lá Graça Moura.
Pedro
Publico todos os comentários, pedro. Só faço questão de que venham escritos em português.
é a veiazita estalinista a borbulhar. Quer dizer, tu que és um permanente subversor da língua, formal e semanticamente, agora achas que se um gajo escreve com a grafia à Viseu, ou à Porto, ou à Montemor-o-novo, fazendo a apologia da diversidade só que no sentido regionalista e não no sentido nacionalista, aqui-del-rei que isso não é português não publico! Tá mal! Felizmente, o acordo foi aprovado e os nacionalistas, de direita ou de esquerda, confessos ou arrependido, têm que o engolir. Há muita gaja a fazer isso na net. Agora bota esta merda no caixote da censura. Baitapornumporco.
Tens um pancadão muito jeitoso. Amigo, escreve lá como quiseres. Por mim, vou escrever como aprendi: em português.
Fazes questão que os comentários venham escritos em português?...tá bem... só espero que o meu português tenha sido o canónico. Bom, como teve o teu imprimatur, deve estar no português de lei.
Pedro
Pedro, eu não sou o papa da língua. Gosto é demasiado do nosso idioma para o descaracterizar.
A ortografia é importante, não pode nem deve ser prostituída.
Mas viva a liberdade, incluindo a do erro.
Uma coisa é o Vasco Graça Moura obediente a todos os cabos de serviço no PSD e/ou PPD/PDS; outra é o criador de mérito, o crítico literário, o tradutor de Dante e Petrarca. E tambem de Shakespeare.
O acordo não resolve coisa nenhuma, porque estas coisas não se fazem por decreto. Há na defesa do acordo uma visão totalitária de um problema de natureza linguística.
Assino em baixo o que o Manuel disse.
Ó manel, tu atina, pá. Não há totalitarismo nenhum, pá. Então se até se admite a dupla grafia?! Há mas é nacionalismo bacoco e paternalismo nos críticos que se acham donos do português.
Da-se...que ele há porcos persistentes.
Amigo Manel, "estas coisas" sempre se resolveram por decreto. A forma como tu escreves, é resultado de uma "medida totalitária de um problema linguistico", na tua linguagem castiça. Mas suponho que sejas demasiado novo para saberes isso.
Pedro
Pedro, tem juízo, pá.
Daniel, tás muito paternalista. Primeiro recomendas-me que escreva em português. Depois, recomendas-me juizo. De um tipo que escreve como tu escreves e que diz o que tu dizes, tais recomendações são hilariantes.
Bom, mas a minha interpelação era para o Manel e é dele que eu esperava uma resposta (se ele quiser e tu deixares, claro)
Pedro
Pedro,
Como eu gostava de ser novo!... Infelizmente não, e já vou tendo os problemas que a idade traz.
Obrigado pelo epíteto castiço.
Não há nacionalismo bacoco, até pela razão comezinha de desejar que a deriva continue e que do português surjam outras línguas. E quer nós queiramos, quer não, é isso que vai acontecer. E é pena eu não estar cá e tu também não estarás, para podermos discutir a questão. Mas é assim que vai ser e não há que lamentar seja o que for.
É assim um pouco como querer dispor para o futuro, assim como quem quer garantir a posteridade.
O Estado pode querer actuar no domínio da instituição social chamada língua, mas é um trabalho inglório.
Vá, vamos lá sem paixões.
Então, é mais velho do que eu pensava, Manel. Mas, sendo assim, deveria saber que as convenções da lingua portuguesa, aquela em que agora escreveu, são determinadas superiormente por decreto. Nada de novo. Há quem diga é que este acordo é uma imposição dos brasileiros, num argumento de um nacionalismo do mais bacoco e rançoso. Sim, uma das motivações do acordo é aprosimarmo-nos da grafia dos brasileiros, com as vantagens económicas e de comunicação que tal implicará.
A prazo, quando as paixões esfriarem (parece estarmos à beira de novo Ultimatum, se bem que agora nos querem tirar a lingua e não um pedaço de terra...), dizia eu que quando estas cenas de arrepia cabelos acabarem, tudo serenará. Os nossos filhos e netos (também eu já sou mais ou menos velho) escreverão de forma ligeiramente diferente da que nós sempre escrevemos e é tudo. Acredita que não é por isso que deixarão de aparecer grandes estilistas da lingua portuguesa.
Diz também para irmos lá sem paixões. Mas são "paixões" precisamente o que eu vejo nos que se insurgem contra o tratado, como se ele fosse o fim da lingua e dos escritores e da civilização portuguesa ou coisa do género, como, aliás, faz o Manel.
(Daniel, podes comentar, não me peças é para ter juizo, que já não tenho idade para isso ;)
Pedro
Pedro, meu querido amigo: gostei desse curioso lapsus-linguae de aproSimar. Foi giro. Foi muito jiro. E vunito. E língua sem acento e o carassas. Vá, sei que te estás a rir.
Claro que me estou a rir, Daniel. Volta e meia, rio-me contigo com prazer. Só não me rio quando te metes em Abaixo-Assinados de Defesa da Lingua Portuguesa, Amen. Ó, eu disse que não me ria? Foi lapsus-linguae.
Pedro
Pois olha Daniel, eu que sou eu, já o tinha assinado. E mai nada!
Vou assinar, no entanto, tenho a estranha sensação de que infelizmente não vai haver recuo.
Todos os professores de Português que conheci se preocuparam Sempre que eu melhorasse a minha escrita. Agora, vem uma cambada de iluminados dizer-me que abrasileirar a língua portuguesa é que é o caminho certo...
Utilizar expressões como “nacionalismo do mais bacoco e rançoso" para defender o acordo, alinha com a posição assumida por esse grupo de portugueses excelentíssimos e altamente credenciados, que se lembraram "abrutamente" (ou será “à bruta”…) de impingir erros na escrita. (Bem sei que o acordo é de 1990 mas… já agora esperem mais uns anitos a ver se já cá não estou para ver…)
Filipe, como qualquer professor de português teu amigo te pode ensinar, escrever com "erro" é não escrever de acordo com a norma. Se a norma for alterada, é a nova norma que se aplica.
Pedro
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