Onde aqueles dois que sabeis a luz primeira
primamente viram, cada um por si
– é Coimbra chamada, pátria soalheira
onde, nascendo, a prima luz também vi.
Por ela passa o Mondego rio, que fica.
Nela se incrusta a ouro o fresco sol.
Bordado de choupos, o manso arrebol
menos ao estudante guarda que ao futrica.
Ao pó dos livros como ao pó dos caminhos,
vai o leitor-caminhante se sacudindo.
Manhãs lhe foram já. Já a noite, vindo,
o instrúi na resignação por pura
antecipação.
Nascemos a sós, finamo-nos sozinhos.
Mas a luz. Mas Coimbra. Mas
o coração.
2 comentários:
Gostei! Muito!
Merci, Maria Toi.
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