Texto: Viseu, domingo, 17 de Agosto de 2008
Foto: Viseu, tarde de 28 de Agosto de 2008
Não preciso de abrir a boca para te falar
do meu comovido país que entristece
em cada pessoa como um cheque ao portador.
Os olhos levo fechados para te dar a ver
as pastelarias fechadas nos fechados domingos
sonhando cruas segundas-feiras no passado.
O ríspido matraquilhar dos ranchos folclóricos
desmantela-me os ossos dos ombros, assim
como as quadrilhas de falsa etnografia
cheias de professoras divorciadas e
de tesoureiros das juntas. Não preciso
de nada disto, mas aqui vivo para
ter que te dizer sem que boca e olhos
abra, nem domingos. Vive-se insecticidamente
do lado errado do spray, digo-to.
do meu comovido país que entristece
em cada pessoa como um cheque ao portador.
Os olhos levo fechados para te dar a ver
as pastelarias fechadas nos fechados domingos
sonhando cruas segundas-feiras no passado.
O ríspido matraquilhar dos ranchos folclóricos
desmantela-me os ossos dos ombros, assim
como as quadrilhas de falsa etnografia
cheias de professoras divorciadas e
de tesoureiros das juntas. Não preciso
de nada disto, mas aqui vivo para
ter que te dizer sem que boca e olhos
abra, nem domingos. Vive-se insecticidamente
do lado errado do spray, digo-to.
1 comentário:
Olá Daniel,
Estou fazendo um trabalho sobre o "doméstico" e achei a fotografia da senhora varrendo a rua muito interessante. Gostaria de saber se foi você que a tirou e, caso tenha sido, será possível combinarmos o uso dela em meu trabalho? Neste caso, precisarei que envie-a para mim em tamanho maior e, obviamente, darei créditos ao seu nome no trabalho. Meu e-mail é isademedeiros@gmail.com
Responda assim que puder.
Obrigada
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