17/05/2006

No Parque - soneto para o filho mais novo do Sr. Serafim

Anda, Rui, comigo ver o parque.
É como estar na catedral.
Ocultas aves hão-de vir dar que
cantar. Ouvi-las, Rui, é celestial.
Gente extinta aqui se fez
mais só e mais dada à sua extinção.
Agora entanto é a nossa vez,
curtamos o bálsamo desta estação.
As áleas frecham toda a luz solar,
há coriscos d'ouro brilhando no húmus.
Levemos connosco mel, sandes e sumos.
Já pois que é lusa nossa natureza,
usemos a sombra e a pedra da mesa
e comendo tracemos nossos novos rumos.



Caramulo, tarde de 17 de Maio de 2006

3 comentários:

Anónimo disse...

Não digas essas coisas ao filho do Serafim - e da Lisete - que ele é tipo para querer muito, muito. E muito é capaz de ser demais, agora.

Daniel Abrunheiro disse...

quero lá saber: o filho da senhora Lisete é buézes da fixe.

Anónimo disse...

isto é muita bom, cão

Canzoada Assaltante