Surgia como uma lembrança de foguete, já tinha sido quando era ainda.
Depois, já não.
Já não fazia mal, depois.
Ficava na retina como açúcar em dentro de chávena.
Mas antes explodia de baixo da asa negra do cabelo, intervalo de pele óssea, linha de sobrancelhas.
Cavava toda uma catacumba.
Mas um homem protege-se.
Sacode que não é nada com ele (e não era) e chupa grainhas das fissuras com a ponta da língua, a mesma que depois lhe há-de servir para dizer que brusco era o azul e mais além do olhar, lá onde se revê apenas ele-homem, de castanho olho nem descrito nem olhado.
Botulho, 14 de Agosto de 2005
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