As árvores da minha rua acontecem pássaros.
Eu sou o gajo do casaco que pode ser.
Às vezes os carros tocam-se, as pessoas
nem tanto, os estacionamentos são o que são.
Eu digo as ruas de Dezembro, eu dig’ as luzes.
Eu ando aqui-aí sem ser por nada.
As árvores da minha rua esperam (a)o frio.
E eu também, eu juro qu’ eu também.
Isto é tudo quadras populares.
Isto há-de ser tudo carnação.
Voz do sangue, voz de nada.
Voz de nada, voz-lápis de nada.
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