03/12/2010

Ideário de Coimbra - 112 (conclusão)

Certa, certíssima, é a curtição do couro dos dias. Os seres que emanam a si mesmos. Os cordões de sebes aparados por alcoólicos mansos. A trepidação dos motores imitando corações hidráulicos. As begónias, os ditirambos, as saudades-à-prima, os ecocontentores, os contentes e os nem-por-isso, a genitália brasilóide e o luso pato-bravismo, Coimbra-sexta-feira-5-de-Novembro-de-2010-11h01m (faz hoje trinta e três anos que vi publicado em folha de jornal – o diário – o meu primeiro texto (As Quatro Estações, edição de Mário Castrim (Oriam, com ilustração de Catarina Rebello), certas penedias nasais descendo a expressão a caminho da boca, gente fiel ao seu café-com-leite, à sua meia-torrada-com-pouca-manteiga, o tifo da rotina, uma ânsia de barcarolas serenatadas ao luar, homens-sexuais procurando em cus a epígrafe de seus espúrios matrimónios, pés acetinados de sabão baseando celibatários no chuveiro, Café Abadia, Combatentes, Botânico, Celas. Chelas. Xabregas. Pontinha. Campolide. Campo de Ourique. Luís Bívar. Monsanto. Arrábida. S. Bernardino. Baleal. Caldas da rainha. Aljezur. Bragança. Duques de Bragança. Tuy. Vigo. Madrid. Etc.

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Canzoada Assaltante