Saúdo em ti,
bom Bernardães, futuro.
Leitandré, não
sejas mole nem duro.
Mishima, que
tolice-imperatrice
Te confundiu
o Gato com Alice?
Antão Curafez
Ântua de Bogalho
Anda à procura
de um qualquer trabalho.
(Marga Cónego
Quadros de Salgueiro
É invenção de
Daniel Abrunheiro.)
Já o Braz
Magiar (que é Cipriano)
Miralda em
frente o Ante-Oceano.
É fidalguia
isto: ser um tão-pobre.
O neo-realismo
é todo sobre.
José de Braçadeira
Bem-Clemente
Connosco se
parece, qual fôra gente.
Já Genésio
Capim Cotrim de Estêva,
Esse é de
má-raça, não se atreva.
Raia-frita-com-batata-&-grêlo:
Menos vale o
bem-ser q’o parecê-lo.
Eu ando a
tostões, que não sou de notas:
E como notas,
de versos idiotas.
Estêva Savana
Maranho Zorro:
Pergunta-m’ à
Mãe s’inda vivo ou morro.
Ó Valcolmeias
Zimbre da açucena:
Pergunta se a
gasolina val’ a pena.
“Chegou-à-caixa-de-correio” – diz a voz-off.
Liga-se sem
esperança de retorno.
(Oxalá que
ainda de mim precisem:
Que lhes
direi ponta de outro, outro corno.)
Hoje ligo-me
a vozes gravadas.
É internet-tempo-p’rò-digital.
(Nos
ossários, estarão – ou não – ossadas.
E do Algarve
p’ra cima, Portugal.)
Perempta Bemposta
Augusta de Açucena,
Pequena &
morena radiosa.
Tenho 58: e é
chance micropequena
Ela vir ’inda
a ser a minha rosa.
E tenho
desbaratado horas
Num ofício
anacrónico às ervas.
Recebo em
pão, sal, merda & conservas,
Mas queimo
mais adentros do que aforas.
“Salutogénico”, termo que
timbra:
& que li
hoje em o Diário de Coimbra.
Telemado
Goraz Gafa Briteira
Preside a uma
mina cimenteira.
E Luzieiro
Estaca de Casilho
Já teve uma mulher,
co-fez um filho.
E Casenho-Zé
Emendo de Valéria,
Quando falou
com Sofia, q’tal foi à séria.
(Não posso
obstar à vulgaridade das doenças.)
(Tive agora
um trabalho, King, que nem sonhas nem pensas.)
(Ele é a
didascália. Ele é a maravilhosa Amália.)
(Ele é farol-fanal,
Portugal – & zero-de-família.)
Dalmires Ressalvo
Puerim de Celgas
Tem uma
janela aberta por onde entram as melgas.
Pandora Pauleta,
o que é que tu queres?
Eu quero Plotino,
que controla as mulheres.
Bonanza,
Galeto, Plotino da Costa?
Pedir a um
Amigo não dá sempre à costa.
Pedir uns
tostões, um telefonema.
Trocava os
colhões por um bom poema.
(Trocaria?
Nada!: não iria ser castrado
Por dois
versos bons em poema rimado.)
Cerúlea
Quarenta Lá-do-Cuco-Sério:
Dá-me duas
rosas para o nosso cemitério.
Sem comentários:
Enviar um comentário