Nós mortos-matados
logo que nados
Dev’ríamos apresentar
’ma queixa
De Pater
& Mater, que são culpados
Da sina que
nos consome & nos não deixa.
O amor que se
tiveram justifica
Tanto galope
em vão pelo deserto?
Não justifica
não, ai nem de perto!
Tudo afinal
vai, ninguém cá fica.
“Ele há dias
de tudo”
– diz o Barista.
“Elas noites
também” (–
cito Baptista).
“Se não for
parecida cá comigo,
filha minha
não é…”
– diz o Rodrigo.
José Cavez
Palheiro Mor de Zorra
Deseja a
ninguém mal de que morra.
Sincrato de
Vilanovadecafé
Diz que nem já
c’os azuis o-põe-de-pé.
Doménico Bujarrona
Esparta
É lento &
flatulento, não se farta
De Pentecostes,
gostes-tu-não-gostes.
Exército da
morte, os dias-hostes.
Da
GNR-montada, um cavalo
Caiu na rampa
da 8 de Maio.
Não vi
(trabalhava), então não falo,
Que tal rampa
é manhosa, caio-não-caio.
Hipólito d’Úria
& Adalberto
Ianhucam
soezes furtos de frutos.
Isto era em
tempo de eles ’inda putos.
Agora é tudo longe
& e nada perto.
(Bom Delfim-Senhor-Sigamos-Para-Bingo:)
Elíseo Soromenho
de Valcento
Tem fábrica
de moldes-de-cimento.
Jamoroso
Santorro de Nolparto
Zangado co’a
vida, de que anda farto.
Lê-me: se cá
vieres para amar-me,
A-ingerência-agradece-comovida.
Não é que fizera
outra vida,
Que outra não
há nem vem já chamar-me.
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