06/01/2013

Entardenoitecer de hoje, 6 de Janeiro de 2013



DÍSTICOS MONOLOGAIS

Leiria, 6/I/2013, domingo


Recebo dos elementos a verdade que lhes é possível.
Mentira, ilusão, aparência, véu – coisas são que eu crio, não o mundo.

Escurece a polpa do ar: a madurez da luz paga-se em noite.
Numa cidade em que não nasci é que devo fazer por renascer.

Cuido do interior jardim nem sempre com boa arte.
Visito mais do que (sou) visto, também e ainda.

Uma nudez assola o moribundo: embrião de novo.
A noite dá-lhe vinho a provar: nem já doce, nem amargo já.

Bruma. A luz coalha-se bruma na visitação da Senhora.
A Senhora é a Noite, viúva do Dia, não amarga e não doce.

5 comentários:

Malena disse...

Sem palavras...
Belo!

Daniel Abrunheiro disse...

Obrigado por leres.

Paula Sofia Luz disse...

Ambos sabemos como é verdade, como renasceste aí. bj

Paula Sofia Luz disse...

Ambos sabemos como é verdade, como aí renasceste. Bj

Daniel Abrunheiro disse...

yes, Bofix.

Canzoada Assaltante