Leiria, 7/I/2013, segunda-feira
SEGUNDA
Enquanto
o tempo (de vida) permite, subir ’inda alguns sítios.
Dar
uma volta no azul pelo verde – pode ser dito assim.
A
boca-de-cena na noite ardendo casas iluminadas.
Na
saleta de uma, edições de luxo: História, Ecologia, Filatelia.
Noutra,
a cozinha brilha no branco – mas ninguém é nela.
Parece
tudo apagar-se – menos o tanto branco da divisão.
Parece
tudo muito tempo – e depois nenhum.
Uma
manhã como uma enseada límpida: típica manhã-alhures.
Isto
de deixar morrer os mortos tem de que se diga.
Largá-los
na completude, naquilo para que Éter
é a melhor palavra.
Ver
no centro comercial as famílias, a gordura delas pelas praias.
No
grande Campo, as choupanas das alfaias, os cães que as dormem.
Se
deveras o Além, gostaria de re(a)ver o meu Cão Amarelo.
E
os escuros homens portadores do meu nome, que escurece.
Na
dúvida, ser amanhã terça-feira, segui-la.
Segui-la
como a uma mulher por conhecer, na duna.
Abrir bem as mães, perdão, as mãos subindo ’inda.
1 comentário:
Ver! Com os olhos da cara e com os olhos da alma.
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