DÍSTICOS MONOLOGAIS
Leiria, 6/I/2013,
domingo
Recebo dos elementos a verdade que lhes
é possível.
Mentira, ilusão, aparência, véu –
coisas são que eu crio, não o mundo.
Escurece a polpa do ar: a madurez da
luz paga-se em noite.
Numa cidade em que não nasci é que devo
fazer por renascer.
Cuido do interior jardim nem sempre com
boa arte.
Visito mais do que (sou) visto, também
e ainda.
Uma nudez assola o moribundo: embrião
de novo.
A noite dá-lhe vinho a provar: nem já
doce, nem amargo já.
Bruma. A luz coalha-se bruma na
visitação da Senhora.
A Senhora é a Noite, viúva do Dia, não
amarga e não doce.
5 comentários:
Sem palavras...
Belo!
Obrigado por leres.
Ambos sabemos como é verdade, como renasceste aí. bj
Ambos sabemos como é verdade, como aí renasceste. Bj
yes, Bofix.
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