Toca-me o outono seus digitais damascos,
vigoro na penumbra minhas estrelícias.
Sim, tu sabes, mui tenho andado por tascos
que, por baratos, são de ladrões e polícias.
Dois terços da vida, quem mos da/di/ria,
atenta a permilagem salazarista?
Eu, que nem era p’ra vir a ser artista,
artista vim de noite & dia.
Tonal, outonal e coisital, o vivo lume
abranda, insular, a insolação.
Isto é tudo obra de perfume.
Obra tudo, ora, de coração.
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