Viseu, tarde de 28 de Maio de 2008
Pelos campos de minh’almavejo agora assomar
andores d’andorinha calma
brancos negros como o mar.
Tudo em volta é perfeito
como minha vida não.
Poesia sai do peito
deixa em paz o coração.
É singelo e sem gelo
quanto pela língua vivo
que sem ela sequer vivo
sou ou estou horrendo ou belo.
É uma paragem no tempo
viver tão antes da vida
que ao nascer nos é devida
uma passagem no tempo.
Nossos filhos como estão?
Qual é deles a condição?
Quão amamos quão perdemos?
Nados mortos mui vivemos.
Pelos campos de minh’alma
vejo agora assomar
andores d’andorinha calma
brancos negros como o mar.
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