17/07/2007

Uma Paz Desce por Vezes

Uma paz desce por vezes dos ombros.
Uma interior vinha vermelha toma o peito, a barriga.
Carris das pernas vibram ao comboio manso
que dos ombros vem descendo por alguma razão antiga.

Talvez da chávena de café tomada a hora certa
com o honesto pão de manhã comprado a Ermelinda.
Talvez do pobre julho que entre frios tenta o sol,
ainda assim. Ao sul, os pés latejam. Assim, ainda

a pessoa pode, talvez, tentar uma poesia.
Não tarda é noite, mas ’inda é dia.


Caramulo, tarde de 17 de Julho de 2007

1 comentário:

Paula Raposo disse...

Gostei...inda é dia.

Canzoada Assaltante