Os poemas de hoje à tarde, 19 de Março de 2oo7, são naturalmente, e quase cem anos depois do badagaio de chumbo que lhe deu/deram, dedicados a Sua Majestade o Rei de Portugal (que não dos Portugueses, pelos vistos), Carlos Fernando Luís Maria Vítor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Sabóia Bourbon Saxe-Coburgo Gota, aka D. Carlos I
Regicídio – Case Solved
Só tens de querer ver.
O mundo começa aí.
Fio de água tece novelo de gelo.
Dia, atenção e conhecimento:
diagnose.
Jorra florcor o masturbante jardineiro.
Volve-se vulva o carniceiro.
Só tens de assistir ao teu corpo,
de ti pendente e índio como um gato.
Se outra coisa não (mais) esperas,
por para quê paciência?
Fala copiosamente do que sabes, só.
Fala só copiosamente do que sabes.
Ouçamos:
a torrenaudoscorvosdepeniche
torraltajotapimentanatural
santantóniodoscavaleirosmarinheiros
cujo sangue residua água&sal
renegasteumesmoADN
shampoopantenemedicinalcouto
o mar, garina, não é manteiga,
se queres o mar, garina, o mar eu dou-to.
Tudo de borla:
n’é m’alegria?
Mais d800 quilos de metros
de costa continental
sufragam e patrocinam
nosso belo Portugal.
Mas vê.
Mas que queiras ver.
Vê:
ainda o casinhoto de calma-colmo,
o par envilevelhecido em
Irmão Doutor Sousa Martins.
Sua adegassede, seu panivinho,
seu filho bruto, mongodoidinho.
Vê então novimagem:
filhogaragem, roque dalgum xeque ao rei,
caliás, eu sei, findou viagem
terreirodopaço (coisas queu sei)
1 de fev’reiro novecentos&8,
reposta a tiro espécie de lei.
Quem muito vai, enfim, gozar a Vila Viçosa,
‘inda é fodido por quem se goza.
E foi.
Outros Poemas
Vozes dos Animais
Na casita rés-do-chão
mora o gato e mora o cão.
Acima mas com varanda
moram Julieto e Vanda.
Não namoram, moram só.
Moram sós e lado a lado.
Uma coisa é o ladrar.
Outra coisa o miado.
Nunca Sentále
Sabitua a pele zipermercada
entralha sua mesma glandação
prendenda mesma carnação
de-si berra desesperada.
Não sentále da piça a pele
nunca nunca profabore
sabes jaquim sabes manel
cu-pénis é póamôre.
Fogueiras do Senhor João
Que a mulher serene em sua economia.
Perspectivas sobre o mesmo lhe não faltem.
Uma veneza toda sobre uma ria.
Homens que cheguem e não s’exaltem.
Que aos filhos já feitos sobre uma manta
não queira o deus-diabo prometer
que a vida nunca s’atrasa só adianta
e canta versos ‘inda por’ screver.
Trái Aguéne
Tudoisto é um ir&vir de cama-a-cama.
Quem ama sabe lá o que quem ama.
Lençóis postos de fresco denunciam
mijadas absorvidas q’arrefeciam.
(Excepto pelas Meninas)
Excepto se no escuro me prometia
uma luz nova, sei, um novo dia.
Q’assim foi, sei eu, era e seria:
noite não mais, só dia-a-dia.
Na casita rés-do-chão
mora o gato e mora o cão.
Acima mas com varanda
moram Julieto e Vanda.
Não namoram, moram só.
Moram sós e lado a lado.
Uma coisa é o ladrar.
Outra coisa o miado.
Nunca Sentále
Sabitua a pele zipermercada
entralha sua mesma glandação
prendenda mesma carnação
de-si berra desesperada.
Não sentále da piça a pele
nunca nunca profabore
sabes jaquim sabes manel
cu-pénis é póamôre.
Fogueiras do Senhor João
Que a mulher serene em sua economia.
Perspectivas sobre o mesmo lhe não faltem.
Uma veneza toda sobre uma ria.
Homens que cheguem e não s’exaltem.
Que aos filhos já feitos sobre uma manta
não queira o deus-diabo prometer
que a vida nunca s’atrasa só adianta
e canta versos ‘inda por’ screver.
Trái Aguéne
Tudoisto é um ir&vir de cama-a-cama.
Quem ama sabe lá o que quem ama.
Lençóis postos de fresco denunciam
mijadas absorvidas q’arrefeciam.
(Excepto pelas Meninas)
Excepto se no escuro me prometia
uma luz nova, sei, um novo dia.
Q’assim foi, sei eu, era e seria:
noite não mais, só dia-a-dia.
Caramulo, tarde de 19 de Março de 2007
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