29/11/2006

Fado Pneumónico

São quanto deixo coisas vivas
os amigos um rasto de tapetes
mijados por gatas redivivas
persas areias ureias verdetes.

Não tenho como não
pôr na borda do prato
o oss’é pr’ò cão
a ‘spinha é pr’ò gato.

Se um homem se distrai no corno da rua
e vê de chapéu uma fêmea nua
q’arrenda depressa a febra que (é) sua
que ligue p’ra casa p’la lista t’lefónica.

Não send’esse o caso não havend’ o tempo
faça que não faça que passe o momento
pior é morrer que ter a pneumónica.



Caramulo, noite de 17 de Outubro de 2006

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Canzoada Assaltante