© DA – 20-XI-2011
14. A QUEM RESPONDER NÃO PODE JÁ
Louriçal, quinta-feira, 11 de Agosto de 2011
Visão mansa de duas senhoras tomando chá & bolos: tão femininas, tão repousantes na manhã refrescada pela suave morte da noite: 7h15m da quinta-feira.
Disto deixo testemunho breve, do tudo que é quase nada, a saber: a vida.
A névoa madrugadora cede corredor ao sol que cresce e se metastiza como um tumor muito benigno.
(Levo a ombros meus mesmos, e da vida, escombros.)
Tenho para com ela (e para com estas ambas senhoras-de-chá), a vida, uma dívida e uma dúvida soberanas.
(Amo a minha Mãe, mas ela está morta.)
O pintor alastra-se na imagem nova, aquela que, dele saindo, a ele, pródiga, torna, filha.
Mana do sino a érea onda sonora que a casas e campos lastra o Tempo cursor: um magma, uma levedura, um credo de tubarões efervescentes nas bolhas do sangue pensativo.
E à tórrida manhã, eu minha chamo, pois que amo e reclamo a quem pertenço.
Fumigo incenso, penso que proclamo bem o ser, pertencendo. E ’inda chamo
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