10. 12 por 7: UM SONETO
Leiria, noite de quarta-feira, 27 de Julho de 2011
Quando ao porvir anteponho as passadas vidas
que vivi já e já passei,
nem sei que diga, eu nem sei
quão negras são as rosas rubras fenecidas.
Do ido, olvido não faço, que o não quero:
esquecer, é ser-s’apenas quem
de pai não veio nem de mãe.
E eu vim e vou. Eu vim e vou. Por isso, espero
do amanhã coisa qualquer que a vida tenha
e manter queira no viver.
E seja o que tiver de ser:
que indo estou, vindo que sou, como hei-d’ir.
Tal tudo vem, tal tudo vai: tal mãe, tal pai.
Se vou? Se vim? Rosa. Jardim.
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