Souto, Casa, entardenoitecer de 3 de Abril de 2009
Perto de nós as bandeiras da roupa deixada a secar como nós.
As lojas inaugurando por dentro a noite como cubos de luz.
Muitas cidades se fazem uma só numa só vida.
Trabalhei sem importância todo o dia, sinto-me bem.
Há bolo no aparador, café feito de fresco, regressam a casa os animais que instauram a lentidão dos regressos, os pensativos regressos dos animais e das casas e das perdas.
Alguns conduzem carros, outros balem, todos estão vivos e demoram-se.
Era isto que nos esperava, estes ofícios, a confirmação de um punhado de mentiras piedosas, viver e pensar nisso como se pensa numa pedra sozinha numa praia,
no inverno.
Sem comentários:
Enviar um comentário