Fotografia de Helder Jorge Tomás Medina
Pouca terra, muita
terra
Li,
reli e não tresli: “Plano regional de transportes ignora Ramal da Lousã”. Vinha
no nosso TREVIM de 18 de Agosto último. Parece que uma tal “Comunidade
Intermunicipal da Região de Coimbra”, fundamentada numa remota empresa de engenharia
do Porto, a “TRENMO”, nem pia sobre a autêntica ferida aberta que continua a
ser a suspensão do serviço ferroviário de Coimbra a Serpins.
Para
mim (como decerto para milhares de cidadãos mais), isto é mais do que mera
incompetência política. Isto roça a irresponsabilidade criminal. Num português
vazio, bem pode a papelada do “Plano Intermunicipal de Mobilidade e
Transportes” apregoar a “necessidade de uma inversão da quebra de
competitividade do sistema de transporte público”, agitando a bandeirinha
retórica do “aumento da eficiência, eficácia, competitividade e conveniência” –
tretas, digo eu: tretas. O que queremos todos é o comboio de volta. Chamem-lhe
“metro”, chamem-lhe o que quiserem – qual seja o nome, queremo-lo de volta
porque é nosso e porque não é um capricho mas uma necessidade crucial que em
outros melhores tempos tínhamos por satisfeita.
Setembro
tem de ser o mês em que a iniciativa do TREVIM seja ouvida, lida & e tida
em devida conta. A petição pública pela reposição do serviço rodoviário do
Ramal da Lousã é de uma qualidade democrática cada vez mais rara nestes tempos
de esvaziamento cívico e de estupidificação massiva. A linha está bem.
Reponham-se os carris onde criminosamente foram arrancados. E que rolem cabeças
até que de novo role o serviço de boa memória. Memória oxalá que futura.
Sem comentários:
Enviar um comentário