Quando ao porvir anteponho as passadas vidas
que vivi já e já passei,
nem sei que diga, eu nem sei
quão negras são as rosas rubras fenecidas.
Do ido, olvido não faço, que o não quero:
esquecer, é ser-s' apenas quem
de pai não veio nem de mãe.
E eu vim e vou. Eu vim e vou. Por isso, espero
do amanhã coisa qualquer que a vida tenha
e manter queira no viver.
E seja o que tiver de ser:
que indo estou, vindo que sou, como hei-d' ir.
Tal tudo vem, tal tudo vai: tal mãe, tal pai.
Se vou? Se vim? Rosa. Jardim.
1 comentário:
muito bem!
Enviar um comentário