Sumário – O coração em sentido contrário ao do relógio. Tempo de ver, ao sol e à lua. Come qualquer coisinha. Pousa e repousa no sofá. Funções excretórias, procriação incluída. Carpe diem cerevisiamque, ou lá como se diz. Escrita e leitura. Antes que seja tarde.
Alaparda, lerdo, teu dia. Farás bem, se dele não pretenderes, ou fingir, mais colher que passagem. Represo ao pulso do coração, o relógio canhoto, mediado a cinta de terileno, pulsa contra o coração: em seu sentido contrário, goleando-o: 24 a zero.
Conheço que de tua quotidianidade assaz não sobra (soçobra, antes) que torrada sombra burocrática: caminho do emprego; e fora dele. Tempo de ver.
Um dia com a noite dele, e dela noivo. Sua meda de feixes lunares, sua rosácea cremosa de pus: tu, mais sol e lua.
Pequenas ternuras de gato lamberás: aba da vaca cozida com cebola e cenoura: agulhoso arroz acintado de pimento mordaz; a manilha ossobucal boqueando tutano encarnado; mais a esconsa batata de cozedura.
Então, solapado pela gárrula nutrição, colapso de arrotinhos contentes, ferverás ao lume da carpete os nacos dos pés, de onde apontam, amarelas, as unhas sua delas insensatez zoológica. Do sofá, vês na têvê, que te vê como és, alguma cloaca de amor casadoiro à brasuca.
Adormeces, agora: anjo porcino, inocente mamão, bola láctea, recolector de frangos ao sol de filarmónicas, ardendo o estio. Peidinhos pagãos soltas sem ofensa, com verruma de cheiro sim. Se solteiro, bem. Casado, incomodas a barbuda faneca com quem comprometeste tudo e a quem nada quase meteste: o suficiente, ainda assim, e assado ainda, para geração de dois cabeçudos girinos a baptizar.
De modo que, de teu dia, haverias, ou ás, de fazer romanidade: curtição dele, entre panos de luz estrambelhando folhedos de parque e cervejas trigais tiradas a espuma de mar.
Jigajogam em meu crédito escrevente a parvoeira maila assumpção dela. Em teu haver lusofolião, a arenosa verdade e seus caramujos ontológicos. O que conta, é do dia tirar provento todos os dias todo o dia, antes que sobre ele, mariposa de lâmpada, recade a noitaranha sua dela teia lápide-dadora.
Alaparda, lerdo, teu dia. Farás bem, se dele não pretenderes, ou fingir, mais colher que passagem. Represo ao pulso do coração, o relógio canhoto, mediado a cinta de terileno, pulsa contra o coração: em seu sentido contrário, goleando-o: 24 a zero.
Conheço que de tua quotidianidade assaz não sobra (soçobra, antes) que torrada sombra burocrática: caminho do emprego; e fora dele. Tempo de ver.
Um dia com a noite dele, e dela noivo. Sua meda de feixes lunares, sua rosácea cremosa de pus: tu, mais sol e lua.
Pequenas ternuras de gato lamberás: aba da vaca cozida com cebola e cenoura: agulhoso arroz acintado de pimento mordaz; a manilha ossobucal boqueando tutano encarnado; mais a esconsa batata de cozedura.
Então, solapado pela gárrula nutrição, colapso de arrotinhos contentes, ferverás ao lume da carpete os nacos dos pés, de onde apontam, amarelas, as unhas sua delas insensatez zoológica. Do sofá, vês na têvê, que te vê como és, alguma cloaca de amor casadoiro à brasuca.
Adormeces, agora: anjo porcino, inocente mamão, bola láctea, recolector de frangos ao sol de filarmónicas, ardendo o estio. Peidinhos pagãos soltas sem ofensa, com verruma de cheiro sim. Se solteiro, bem. Casado, incomodas a barbuda faneca com quem comprometeste tudo e a quem nada quase meteste: o suficiente, ainda assim, e assado ainda, para geração de dois cabeçudos girinos a baptizar.
De modo que, de teu dia, haverias, ou ás, de fazer romanidade: curtição dele, entre panos de luz estrambelhando folhedos de parque e cervejas trigais tiradas a espuma de mar.
Jigajogam em meu crédito escrevente a parvoeira maila assumpção dela. Em teu haver lusofolião, a arenosa verdade e seus caramujos ontológicos. O que conta, é do dia tirar provento todos os dias todo o dia, antes que sobre ele, mariposa de lâmpada, recade a noitaranha sua dela teia lápide-dadora.
Caramulo, tarde de 12 de Junho de 2006
3 comentários:
bom...
prefiro a prosa que leio no Eco.
aqui e assim
uhm, são vidas!...
está assim tão sombrio aí pelo caramulo
aqui em pombal troveja.. umas bátegas de água nalguns lugares do concelho.
Trovoadas de verão...
não é para colocar nos comentários
http://cao-de-fila.blogspot.com/
vá lá link por aqui e deixe post com mais assiduidade
definitivamente não sou o próprio
apenas quero com esta minha iniciativa junto do daniel "reivindicar" para o contributo, para entusiasmar um blog em Pombal. É uma mísera.
Uma esperança de vida nos blogs nada animadora lá no teu burgo
Morrer não se morre, apenas definham...
hehe
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