21/06/2006

Quatro Vezes Coimbra Quatro

1. Balada Coimbrã

Rio a nós paralelo
Diz a hora secular
Reza ao sol amarelo
Reza à rosa que é lunar

Casas da gente pobrinha
Do lado de Santa Clara
Um'alma não'stá sozinha
Coimbra pobre tão cara

2. Outra Balada Coimbrã

Quando era p'la Rainha
Santa cuspiam nas bocas
Da pobreza adormecida
As estudantadas loucas

Isto está documentado
Isto era mesmo assim
O povo nunca é doutorado
O cuspo nunca tem fim

3. E Outra

Coimbrinhas coimbrinhas
Ides a lado nenhum
Pois comprais muitas latinhas
Amarelinhas de atum

Quando a merda der tese
Lá na Sala dos Capelos
Será dra. a maionese
Brilhantina de cabelos

4. Só Mais Uma

Rua Antero de Quental
Rua Visconde da Luz
Da Ladeira do Cidral
À igreja de Santa Cruz

Putas da Casa do Sal
Tanta miséria: mais de mil
Calhabé não não calha mal
Ao fim da Rua do Brasil



Caramulo, tarde de 21 de Junho de 2006

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Canzoada Assaltante