25/05/2022

REGISTOS CIVIS - 126 (penúltima entrada deste caderno)

© DA.


A espaços – 126

                   

 

A espaços a morte
Sem quadra à solta
Revolta-se à sorte
Sem saber-se revolta.

Olhai os cativos
Da tristura santa
Que à morte da Infanta
Se davam por vivos.

Semeia a discórdia
O triste infeliz
Que não sabe nem diz
Qual a cor do dia.

Ó Guilherme Pais!
Ó Tó Conceição!
Como ides/vais
Fora da estação?

À face não falte
A mor compleição
Nem whisky de malte
Em mor garrafão.

Em ’98
Morreu-me o Bininha
Há muito o sei solto
Desta só-vidinha.

E as rimas-brancas
Que Ruy Belo entendia
Tornam gémeos ambos
A noite & o dia.

2 comentários:

José Paulo Moura disse...

Apaixonado na sua escrita.

Daniel Abrunheiro disse...

O seu comentário é-me muito gratificante, José Paulo.
Bem-haja
DA

Canzoada Assaltante