© Tina Modotti
Dias de menor bondade, estes meus mais recentes.
Ou, como diria P.F.R., “sem-perspectiva”.
É-me precário lidar com a lava viva
do vulcão pensativo de maus magmas decorrentes.
Monologo solilóquios cavos, até vis & estéreis.
Aos eus que fui, rosno: Não sois já quem éreis
– e nisto não minto, pois que os não sou ou serei.
Pode que não seja culpa minha, é se calhar força-de-lei.
Ou então assim:
Ontem, Domingo, vi a moribunda em uma casa,
vi em outra a recém-nascida.
Não me saiu ilesa
a visão ante tal vida.
Dia duro, mordaz, agreste, ígneo, fero.
Já lá vai – e voltar, não volta.
Pastam meus rocinantes todos à solta.
Crer, não creio; quanto a querer, pouco quero.
Em alternativa:
O nosso nome-próprio atirado aos leões do esquecimento.
A nossa fortuna dissipada antes de auferida.
Na casa-prima, a moribunda em sofrimento.
Na casa-prima, a festa que era a recém-nascida.
Brônzeos gongos da morte por enquanto alheia:
dobrais em doblez enfermiço-outoniça.
É súplice a espera, frisante, enfermiça:
mesmo sem aranha, permanece a teia.
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