09/06/2016

PPPPortugal - republicação de crónica, agora in o quinzenário TREVIM (Lousã), edição de 9 de Junho de 2016

PPPPortugal

Passam por Portugal políticos possuídos pela profunda predestinação peregrina prescrita pelos próprios poderes. Poucos praticaram, porém, planos políticos plenamente populares. Preferem passear pelas populações prègando promessas, pedindo palmas, pagando púcaros, pisando pó por perímetros populares, pulando “pasodobles” pimbas, pregando petas pouco polidas.
Presentemente, Portugal passa por pacóvio período. Peço paciência para poder provocar pensamento: poderá Portugal precaver-se perante poderosas panelinhas pantafaçudas? Pândegas, patuscadas, panfletos, pandeiros, passeios: por perfeita portugalidade, Portugal prefere parecer pequenino, perfeitinho, pimpolhinho. Poderia projectar (por plenário popular) palavras potentes, precisas, poéticas. Prefere, porém, pedestais. Pode parecer pouco, pois pode.
Penso poder precisar perfeitamente, ponto por ponto, patentes promulgações. Portugal precisa parar para pensar, para perceber, para proliferar prometedoramente. Posteriormente, procuraria pedalada para, presciente, poder presenciar prezáveis porvires.
Pedi-vos paciência para portugalizar, por palavras portuguesíssimas (perdão pelos “pasodobles”…), pesados pensamentos pensados por puro prazer provocatório. Pedir perdão passa, porém, por perdidas portas. Pela presente, passarei por profano. Pessoalmente, prefiro passar por próprio pé. Porquê? Porque passarei pouco possuído, pouco profundo, pouco predestinado, pouco político.

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Canzoada Assaltante