PPPPortugal
Passam por Portugal
políticos possuídos pela profunda predestinação peregrina prescrita pelos
próprios poderes. Poucos praticaram, porém, planos políticos plenamente
populares. Preferem passear pelas populações prègando promessas, pedindo palmas,
pagando púcaros, pisando pó por perímetros populares, pulando “pasodobles” pimbas, pregando petas pouco
polidas.
Presentemente, Portugal
passa por pacóvio período. Peço paciência para poder provocar pensamento:
poderá Portugal precaver-se perante poderosas panelinhas pantafaçudas?
Pândegas, patuscadas, panfletos, pandeiros, passeios: por perfeita
portugalidade, Portugal prefere parecer pequenino, perfeitinho, pimpolhinho.
Poderia projectar (por plenário popular) palavras potentes, precisas, poéticas.
Prefere, porém, pedestais. Pode parecer pouco, pois pode.
Penso poder precisar
perfeitamente, ponto por ponto, patentes promulgações. Portugal precisa parar
para pensar, para perceber, para proliferar prometedoramente. Posteriormente,
procuraria pedalada para, presciente, poder presenciar prezáveis porvires.
Pedi-vos paciência para
portugalizar, por palavras portuguesíssimas (perdão pelos “pasodobles”…), pesados pensamentos pensados por puro prazer
provocatório. Pedir perdão passa, porém, por perdidas portas. Pela presente,
passarei por profano. Pessoalmente, prefiro passar por próprio pé. Porquê?
Porque passarei pouco possuído, pouco profundo, pouco predestinado, pouco
político.
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