13/10/2011

Rosário Breve n.º 228 - in O RIBATEJO - www.ribatejo.pt - 13 de Outubro de 2011



Não há Jardim que não dê em Flores

Não é verdade que só uma pessoa baixa seja capaz de baixezas. Não é verdade que só uma pessoa vulgar seja capaz de vulgaridades. Acredito que Moita Flores concorde com isto, até porque aparece muito na TV e no Correio da Manhã, o que sempre faz dele uma espécie de celebridade na pastelaria mais próxima. Não há problema algum nisto. O problema está nos gajos que se lhe opõem em Assembleia Municipal, esses “vadios”. Esses “miseráveis”. Esses “amorais”. Esses “populistas”. Esses desidratados sem “pingo de dignidade”.
Desses oponentes, não sei. De mim, sei. E sei que não tolero a ninguém o mínimo resquício insultuoso, iracundo, vilipendiador, truculento – que é como quem diz, para Moita perceber, malcriado.
Parece que o senhor é despachado a ferver em pouca água, fazendo uma tempestade num copo da mesma. Também parece que o senhor pensa que o Tejo é o Atlântico que rodeia a triste Madeira. A mim, parece-me que o senhor se pensa uma espécie de heterónimo do bronco que lá manda. Mas Santarém não é o Funchal. Santarém não pode sequer parecer-se com o Funchal. Ou com o Circo Royal.
Vou dizer-lhe uma coisa para o senhor se lembrar: miserável é chamar miserável a alguém legitimamente representante do povo em sede de assembleia municipal. A alguém ou a uma opinião. É miserável e é amoral. Também é miserável prometer e não cumprir. Também é amoral escudar-se no fiasco do aeroporto da Ota-Alcochete para justificar o injustificável, a saber: a colossal dívida aos bombeiros, às associações, às IPSS, ao padeiro e à quermesse de rifas da feira. E Alcanede, Achete, Amiais de Baixo, Ribeira de Santarém… Também é não ter um pingo de dignidade vociferar tais baixezas e vulgaridades que tais. (Assim como dá pena que o era-para-ser-presidente da Assembleia, Pinto Correia, lhe permita ser desbocado à vontade. O senhor Correia deveria comprar um espelho, a ver se nele topava algum otorrino capaz de lhe curar as “orelhas moucas”.)
Lembro-me de Moita começar a aparecer na pantalha que fabrica estúpidos à velocidade da luz. Então, não era ainda autarca, a bem da Nação e de Santarém. Então, era tão-só um ex-agente da PJ. Barba tisnada de alegada profundidade. Olhos de suposta meditação. Palavrinhas monocórdicas daquele saber de eventual experiência feito. Nunca me enganou, porém, o senhor. O senhor e pessoas como o senhor dão pele de balão a esta nossa época de coloridas coisas vácuas. Dão, dão.
(Vê o senhor como se descompõe alguém sem ter de se ser malcriado, baixo e vulgar?)




4 comentários:

Anónimo disse...

Maçonarias, meu caro Daniel. Não se meta com figurões do avental se não quer um dia acordar mal disposto.
Quem te avisa...

Daniel Abrunheiro disse...

Acordo muitas vezes mal disposto. Mas é com anonimatos, não com quem dá cara e nome.

T. disse...

De avental só devemos ter medo dos maus cozinheiros! :)

abraço

Manuel da Mata disse...

Quem assim escreve... Merecia mais e melhor.

Canzoada Assaltante