Éclogas e mercearias concorrem para o sustento do meu corpo na terra.
Manhãs e noites muito se fundem, azuis onde era de ser brancas, azuis onde era de ser negras.
Os primeiros mortos do dia e os últimos bebedores da noite encontram-se perto do porto de pesca, trocam pastorícias, vêem-se nos olhos.
Os animais rocinam a amargura gelada da erva, emitem bolhas à pele da água.
Um cedro labareda-se todo como uma árvore-de-natal sem crianças.
Roupa estendida recorda os enforcados: todos os enforcados de todos os tempos.
Um pássaro põe-se a apitar como um padeiro apressado.
Estou acordado na contramão do vento, as mãos dadas à estatuária da neve, sinto o rachar da tinta nas paredes das casas, na pele dos rostos das pessoas.
Preciso de um café, entro no salão,
vejo-os nos olhos.
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