30/05/2007

Ontem não é Hoje

Ontem não é hoje. Não vou deixar que seja.
Ontem, vivi um dia um bocado para o amargurado, para o raivoso.
Até mandei uma rapariga que não conheço para um sítio que conheço bem de mais.
Não tenho quaisquer pretensões a protagonismos tolos.
Quero que se lixem as fichas técnicas de um nome só.
O meu Pai foi um homem bom, mas não vou imitá-lo na sua humildade cega, a qual teve por consequência que toda a vida lhe comessem as papas da cabeça.
Não vou ser roubado.
Darei a quem mo pedir.
Não aceitarei esmolas.

Os comentários ao "post" anterior revelam que há quem me (re)conheça para além da amizade.
Não conheço Filipa Alexandre nenhuma. Nem quero conhecer.

Marioneta? Não sou.

Posto isto, vou hoje continuar a vida: a escrita, a cantada, a falada, a calada.

Pago um café.
Venham daí.

16 comentários:

Anónimo disse...

siga a dança

Andante disse...

café?
dia 8 em Seia, pode ser?

Daniel Abrunheiro disse...

olha, parece-me muito possível. abraço e rosa, fernando e cristina.

Paula Raposo disse...

Aceito o café...

Afectos disse...

Foi como assim uma história para adulto ler!
Nunca gostei da história do capuchinho vermelho. Gosto mais da história de telhados de vidro.
Aqui diz-se bica. Aceito, (não)obrigada.

Anónimo disse...

ontem não é hoje, ontem não sabia a que te referias e porque tanto reclamavas, achei até que podias ter razão, hoje já não...
será que me podes responder se alguem fizer um espectaculo com textos do Fernando Pessoa deve dizer que a Dramaturgia e a Direcção do espectaculo é do Fernando Pessoa???? - Claro que não!
Percebes alguma coisa de Dramaturgia???? - Não parece.
De facto na ficha tecnica do espectaculo está o teu nome como uma das pessoas que fez poemas para o espectaculo e é só isso que lá deve constar porque dramaturgia é outra coisa, muito mais que uma junção de poemas, poemas esses que não parecem de facto só teus, basta conhecer a tua forma de escrever e ler os poemas para ver que partiste de ideias e palavras de outros.... a tua contribuição sempre foi reconhecida, referida e até valorizada (muito alem do que o teu comportamento prova mereceres). é pena seres tão baixo nivel e pores em causa o trabalho de tanta gente e de tantos anos porque te sentes embriagado com o teu nome e o reconhecimento da tua capacidade, só que de facto a tua capacidade vive constantemente embriagada, sem noção da realidade.

Unknown disse...

...os grandes génios têm sempre um vício... pois o vício é algo que acompanha a alma, coloca-lhe um colchão para que ela não sinta o tombo do real!
Daniel continua a "ladrar", porque há cães que nem "rosnar" sabem!
Bjs e abraços deste velho e eterno Pombal...

Daniel Abrunheiro disse...

a covardia deste "anónimo" (que sei perfeitamente quem é) é própria de gente pulha.
seria muito bom que eu me calasse, não seria?
não calo.
consultem as fichas técnicas.
vejam com olhos de ver.
verifiquem quem t~em uma ansiedade doentia de protagonismo.
escrevi quase tudo naquela peça.
não escrevi a partir de ninguém.
corrigi, até, a pobreza artística de alguém que, definitivamente, não nasceu para isto.
não permiti nem permitirei que me engavetem como um habilidoso de versos.
pediram-me que criasse. criei.
o ataque pessoal à embriaguez não me afecta. é prova provada do baixíssimo nível de gente com quem me meti.
para incómodo dessa gentalha, continuarei escrevendo.
serei sempre eu próprio em mim mesmo: nem grande nem pequeno.
e não só.
concedi hoje duas entrevistas à comunicação social (que me procurou sem que eu tivesse mexido um dedo, este blog foi quanto bastou).
expliquei tudo, tim-tim por tim-tim.
preto no branco.
olhos nos olhos.
não sei ser de outra maneira.
de modo que este e outros "anónimos" continuarão isso mesmo - anónimos.
o meu nome é um bom nome, por ser de homem, não de parasita de nuvens alheias.

Anónimo disse...

ó Cão, querem ver que o parvalhão desse "anónimo" ainda chama bêbado ao Fernando Pessoa?

Anónimo disse...

é triste e baixo aquilo que estás a fazer Daniel. e ambos sabemos que já o fizeste antes com quem te deu opurtunidades aqui mesmo no caramulo. dizes que sabes quem eu sou mas não sabes.
devias respeitar mais os outros e esqueceres essa mania de protagonismo, és um merdas com capacidade para escrever e verdade mas que nao é genio nenhum, tens vivido sempre na sombra porque tens medo de estar ao sol, és conflituoso e não respeitas ninguem... se hoje és conhecido deve-se em muito nao aos teus textos por si só mas ao facto de terem sido divulgados por pessoas que te querem bem e graças ás quais conheci a tua escrita, mas agora numa tentativa de protagonismo viras-te contra elas, fazes um escandalo, acusas falsamente pessoas com provas dadas (muito antes de tu sequer sonhares que essas pessoas existiam), poes em causa o trabalho de muita gente desvalorizas um espectaculo por ser destinado á infancia, dizes que fizeste poemas para um espectaculo (15 num espectaculo de 45 minutos - por isso como é que o espectaculo pode ter texto insinuas tu) depois já dizes que fizeste quase todo o texto depois que o corrigiste e melhoras-te (afinal o texto não é teu) e tu queres-te fazer passar pelo autor (co-autor a partir do momento em que condicionas a tua escrita a ideias e textos de outros) afinal já admitiste que corrigiste e melhoras-te palavras de outros...mas não tu queres ser o autor....
afinal o que queres é escandalo, e lembrar o mundo que existes que estás velho e que achas que mereces reconhecimento mas podias faze-lo pela positiva, se conseguisses claro...NAO CONSEGUES!
já conseguiste o que querias protagonismo sair nos jornais numa entrevista, mas não chamaste os bois pelos nomes talvez por saberes que as pessoas como eu ao perceberem de quem se tratava viriam que era (desvario) só uma tua necessidade de protagonismo que te movia...
de facto disse (nao como acusaçao) por se tratar da verdade que estás sempre embriagado de alcool e de basofia pessoal...
de facto não fazes ideia de quem eu sou....
de facto não acredito que sem partires de ideias e palavras de outros conseguisses poemas tão bons pelo simples facto de te ver muitas vezes a passeares a tua bebedeira por este nosso caramulo e por saber que és incapaz de cumprires com o trabalho que te pedem sem seres ajudado e por ler o teu blogg e conhecer os teus textos...
acho estranho dedicares os poemas a um escritor que duvido que conheças e a tua Mariana que hoje só é conhecida pelo grande empurrão que teve daqueles que agora acusas de não serem correctos e de não possibilitarem o protagonismo a outros... afinal se não fossem estes a Mariana hoje ainda era uma ilustre desconhecida... dedica-te á escrita a partir de ideias tuas e ve se consegues fazer algo de geito em vez de viveres á custa de aldrabices e esquemas para seres o foco da atenção. ve se cresces e se produzes algo de geito que te saia da cabeça...

Anónimo disse...

vejo que já só enganas aqueles que não conhecem o trabalho produzido por aqueles que acusas de te roubarem... vejo que há varias pessoas que sabem que só sobrevives como artista por te fazerem encomendas e te ajudarem á criatividade...
é pena seres um falso que não merece ajuda nem solidariedade de criadores como eu..

Anónimo disse...

Olá Daniel. Não conheço estes senhores (com letra pequena) que p'raqui têm (mal) escrito mas, desgraçado eu, enquanto teu aluno, se desse metade dos erros num texto tão curto. Pelo menos fico contente por saber que há mais quem tenha dificuldades com esta coisa das vírgulas.

Só quem não te conhece pode duvidar das Tuas capacidades.

Abraço Amigo.

Paula Sofia Luz disse...

Daniel, ensinaste-me tu uma coisam que aqui vou reproduzir. "Não adianta apregoar a dignidade da lã, a quem vive para ser tosquiado".
Escreveste-o no nosso jornal. Deixa-os ladrar. Assim são menos uns ansiolíticos. Mas tu é que te embriagas...bjs

Daniel Abrunheiro disse...

meus amigos, esta canalha anónima é apenas canalha e apenas anónima. não contam. leiam o diário de notícias de hoje: a verdade está lá.

Anónimo disse...

Zé Rui Martins é um actor e um homem que não merecia "moedas" destas!
O que se arquitecta por protagonismo!

Anónimo disse...

Tenho assistido de olhos esbugalhados a toda esta discussão. À medida que vou lendo comentários vou entristecendo com a forma como se debate a cultura neste país. Porque esta é uma questão cultural, meus amigos.

ACERT: Tem 30 anos de história: muitos festivais de música do mundo, de teatro, de Jazz. Muito trabalho com escolas e associações. Tem um longo percurso no que diz respeito ao combate à falta de cultura. Que tipo de combate? É outra discussão. Escolhas feitas ao longo do caminho em termos estéticos? Ainda outra discussão. Com que resultados? Mais uma discussão. Com que prejuízos? Ainda mais uma discussão. O que é certo é que fizeram. E o caminho faz-se fazendo.

José Rui Martins: Diz quem o conhece que é um homem generoso, um comunicador, um sonhador de causas culturais e sociais, um encantador que convence gente a embarcar no barco dos seus sonhos. Sonhos que ele acredita serem colectivos. Diz também quem o conhece (mas em surdina) que tem a mania do protagonismo. Que não deixa lugar aos sonhos e projectos dos outros. Que qualquer projecto da ACERT tem de ter a sua chancela e o seu nome associados. Que desfaz o trabalho de criadores para o refazer, à sua maneira.
É, no entanto, um timoneiro. Sem ele a ACERT não existia ou, pelo menos, não existia esta ACERT. Mas não esqueçamos os outros fundadores que ao longo do percurso da associação têm sido esquecidos, relegados para segundo plano.

Como actor, José Rui Martins é fraco. Basta vê-lo na peça “Materna Doçura” no papel de prostituta: é o José Rui Martins a fazer de prostituta. Basta tê-lo visto na série televisiva “Residencial Tejo” no papel de padre. Era o José Rui Martins a fazer de padre.
É um excelente declamador. Dono de uma voz profunda e de uma presença forte, José Rui Martins brilha quando diz poesia ou textos de outros autores.
Não falo do José Rui Martins cantor. José Rui Martins não é cantor e ponto final. Mariana Abrunheiro não tem, no álbum Cantos da Língua, o esplendor que merece devido à presença do não cantor José Rui Martins.
Como encenador, José Rui Martins, tem espírito de liderança. Os seus actores reconhecem-lhe isso, ao que parece. As escolhas dos textos são más. Nunca o Trigo Limpo apresentou em palco um clássico do teatro. Mas isso é uma questão de opção estética. O que também é certo é que as peças de Pompeu José têm outra profundidade e, nas peças de Pompeu José, José Rui Martins não entra. Porque será?
Como dramaturgo, José Rui Martins existe pouco. Volto a referir a peça “Materna Doçura”: os diálogos e monólogos com algum brilho respiram a escrita de Daniel Abrunheiro (na ficha técnica está como assistente).

Daniel Abrunheiro, a obra: Leio com atenção tudo o que ele publica. Três livros publicados (o primeiro não me chegou às mãos por ser uma edição de autor): “Cronicão” – o tal que não li, “O Preço da Chuva” e “Licor, Sabão e Sapatos”.
Daniel Abrunheiro escreve sempre com verdade. A honestidade da sua escrita revela-se na procura de não fazê-la cópia de outros. O autor mostra em todos os seus textos que não quer ser Saramago, Lobo Antunes, Fernando Pessoa, Eça de Queiroz, Carlos de Oliveira, Camilo (vou falar apenas de autores portugueses), ou outro qualquer escritor. O autor é Daniel Abrunheiro. Da simples habilidade com as palavras – e que habilidade! à escrita mais profunda e disciplinada, Daniel Abrunheira deixa-nos colados ao intimismo das suas histórias. À poesia das suas palavras. À originalidade do seu estilo.

Daniel Abrunheiro, a vida: Tem problemas com álcool? Não quero saber. Tem mau génio? Não quero saber.
O que é certo é que são muitos os amigos que, no blog, lhe deixam a sua solidariedade. O que, aliás, me levou a escrever este texto. Todos os comentários deixados no blog – contra ou a favor – são personalizados.

Para terminar: o que leva um autor como Daniel Abrunheiro a insurgir-se contra o director de uma companhia que, de província ou não, tem um estatuto de “Vaca Sagrada”? Alguma coisa se passa, não vos parece? O que leva um director artístico de uma companhia a mudar, a dois dias da estreia, canções que pagou e uma peça que já registou no seu nome? O que leva um director artístico a colocar na ficha técnica “textos e dramaturgia” (em destaque) de José Rui Martins, poemas de Daniel Abrunheiro, Fernando Pessoa e José Rui Martins”? primeiro ponto: são canções e não poemas (a tal questão do sabe pouco). Segundo ponto: Se a peça vive das canções, qual é o texto? Se José Rui Martins pediu ajuda a Daniel Abrunheiro na estruturação do texto – diálogos, frases, lançamentos para as canções…existe ou não existe co-dramaturgia?

Só mais esta pergunta: Terá Daniel Abrunheiro publicado o texto de indignação no blog sem ter informado José Rui Martins da sua revolta não lhe dando tempo de mudar a ficha técnica?
Eu não acredito. Vocês, amigos, acreditem se quiserem.

Manuel Figueiredo

Canzoada Assaltante